O bálsamo é um tipo de planta muito famosa conhecida milenarmente, desde suas citações em passagens da Bíblia. Pertence à família das Crassulaceae, sendo herbáceas de folhas suculentas e flores amarelas. Ele pode atingir uma altura de 30 a 50 centímetros. A planta é nativa da África do Sul e da Ásia, e também atende pelos nomes de pau-de-bálsamo, bálsamo branco, pau vermelho, balso, cabraiba, óleo vermelho e cabureiba.

Benefícios do Bálsamo

O bálsamo é conhecido por trazer benefícios fantásticos para a pele e também para o organismo interno. Tanto é que, na língua portuguesa, “bálsamo” é usado em diversas expressões e designa de forma genérica as plantas suculentas e carnudas que preservam a pele. O bálsamo, portanto, vem sendo estudado ao longo da história e já se comprovaram cientificamente muitos de seus benefícios.

Indicações do Bálsamo

O bálsamo é muito indicado para lesões na pele e em órgãos internos. Seus benefícios são observados após resultados de um uso regular da planta no tratamento de feridas em geral, machucados com gangrena, úlcera, queimaduras e frieiras. Também é tido como poder curativo de diabetes, epilepsia e bronquite.

Seus componentes o fazem ter ação como digestivo ao ser consumido, ou, externamente, como cicatrizante e emoliente. Por essas razões, pode ser usado como tratamento de inflamações gastrointestinais ou inflamações e torções de pele, como contusões, e até em afecções dos aparelhos respiratório e urinário.

Pesquisas Realizadas Sobre o Bálsamo

É importante não se automedicar apenas com bálsamo, que é um tratamento natural, mas também consultar os médicos e profissionais de saúde que possam aprovar ou não o tratamento como coadjuvante antes de passar a aplicar a planta em seu cotidiano.

A primeira pesquisa com resultados sobre o bálsamo data de 2005, com a espécie Sedum dendroideum. Foi demonstrado que o ativo Kaempferol, que costuma ser encontrado nas folhas da planta, foi capaz de proteger as membranas do estômago de ratos contra as inflamações, comprovando então seu poder anti-inflamatório e possível cura para gastrites.

Em 2014 foi realizado outro estudo com ratos, demonstrando que o flavonóide canferitrina presente no bálsamo estimulou a enzima fosfofrutoquinase (PFK) melhorando a sensibilidade das células hepáticas em relação à utilização de glicose, tendo o efeito de controlar a glicose sanguínea. Isso abre acaminhos para também correlacionar o bálsamo com benefícios para diabéticos.

E mais uma pesquisa recentemente foi publicada confirmando que o bálsamo previne úlceras induzidas por álcool e medicamentos anti-inflamatórios, no caso a indometacina, em ratos.

Como Usar o Bálsamo

O bálsamo pode ser usado de duas formas: para aplicação externa ou para o consumo. Depende de qual é a doença para a qual a planta medicinal foi indicada. A maneira correta de se utilizar o bálsamo pode ser vista a seguir.

Uso Externo: Pomada de Bálsamo

Para aproveitar todos os benefícios do bálsamo para a pele, a melhor solução é preparar uma pomada ou creme, que podem ser caseiros. Pode ser tanto um composto com bálsamo e outras plantas com propriedades antibióticas, como o alho, quanto um que tenha apenas bálsamo como elemento.

Para preparar a pomada, são utilizadas cerca de 3 ou 4 folhas secas de bálsamo em um pequeno recipiente para macerar, sendo o ideal um pilão desinfetado. Em seguida, as folhas são pressionadas com força pelo macerador até que comecem se tonar uma pasta, já que são bem suculentas. Pronto, a pomada ou um creme já estão prontos!

É recomendável aplicar uma quantidade suficiente de pomada que cubra a lesão, como a queimadura, as feridas com gangrena, etc., uma vez ao dia após o banho e se deitar em seguida – por isso, o uso é preferencial à noite.

Óleo de Balsamo

Também se encontram em produtos industrializados o óleo extraído do caule do bálsamo, que possui propriedades hidratantes boas para cosméticos, que ajudam a nutrir e a reparar a pele. O bálsamo é capaz de gerar a renovação celular e a regeneração da cútis, ideal para quem tem pele seca, manchas ou quem deseja esteticamente suavizar as pequenas rugas de linhas de expressão ou diminuir a flacidez da pele.

O óleo puro também é eficaz para hidratar e desinflamar queimaduras, assaduras, alergias, picadas de inseto, frieiras, calos, machucados como arranhões, e até em otite, eczema, psoríase, herpes labial e dor de dente.  Ele também é encontrado em produtos como loções pós-barba, cremes para pontas ressecadas do cabelo, e removedor de maquiagem.

Importante: Não deixe de consultar um profissional nutricionista antes de incorporar o bálsamo à sua dieta.

Salada ou chá de bálsamo

No uso interno, ou seja, para consumo, o bálsamo pode ser ingerido como alimento ou líquido. O mais simples é utilizá-lo cru, como como salada, a partir de suas folhas bem lavadas misturando-o à refeição que desejar. Mas para potencializar seus efeitos terapêuticos, pode ser consumido sozinho na quebra de jejum e cerca de uma hora antes de dormir.

O chá de bálsamo é outra forma de uso interno, também sendo feito a partir de suas folhas, de preferência secas, utilizando de 3 a 4 folhas em infusão em água fervente por 5 minutos, e em seguida abafando o chá e esperando esfriar um pouco por mais 5 minutos. É recomendável beber o chá pelo menos duas vezes ao dia.

Tanto a salada quanto o chá de bálsamo mantêm suas propriedades e benefícios para auxiliar no tratamento de úlceras, problemas do aparelho respiratório como bronquite e do aparelho urinário, apesar destes últimos não serem comprovados cientificamente. O bálsamo consumido em salada ou chá ainda pode ser testado por diabéticos ou pré-diabéticos para o controle de glicose no sangue.

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Foto: Franz Eugen Köhler