Para quem tem dificuldade em detectar a ovulação, um bom recurso que se pode usar é a ultrassom seriada. Mas o que é ultrassom seriada? Como é feita e porque é tão importante? Tudo começa quando há dificuldade para que o casal consiga engravidar naturalmente.

Quando o tempo para engravidar ultrapassa 12 ciclos ou um ano (em ciclos regulares), então é melhor procurar um médico para verificar o que está acontecendo. A ultrassom é feito para detectar precisamente o dia da ovulação e também se os folículos estão crescendo adequadamente, com ou sem uso de medicamentos estimulantes.

Em alguns casos, procedimentos simples de indução, como coito programado, se fazem mais eficientes quando há este recurso. Na verdade, a ultrassom seriada é o mesmo exame que estamos acostumadas e fazer. Pode ser pélvica e também transvaginal. A diferença entre elas é que a ultrassom é feita em dias seguidos, em série! Por isso se chama ultrassom seriada.

Os médicos podem recomendar que se inicie a ultrassom ainda nos últimos dias de menstruação para verificar se há algum cisto do ciclo anterior ou se todos se desfizeram. Dependendo do tratamento que a mulher esteja fazendo, será necessário fazer de 5 a 8 sessões, porém a média é de 3 a 4 ultrassons em dias determinados pelo médico.

Se a mulher está fazendo uso de indutores1, ela deve terminar o ciclo de tratamento com a medicação e dar alguns dias de prazo para verificar se estão fazendo efeito. Para medicamentos à base de clomifeno, pede-se geralmente que inicie a bateria de exames já no 5º dia após o término da medicação.

Com medicações indutoras mais fortes, como as injetáveis, pode-se iniciar ainda no 3º dia após as aplicações. Caso a paciente não esteja tomando nada, então, o melhor período para fazer a primeira ultrassom é bem próximo ao início do período fértil. O problema é quanto a mulheres com ciclos irregulares e sem medicamentos para induzir a ovulação. O início do período fértil deve ser indicado pelo médico através de uma média entre os três últimos ciclos menstruais.

Quais os Casos Para Ultrassom Seriada?

O coito programado é um dos tratamentos que necessitam de ultrassom seriadas. A fertilização in vitro e também a inseminação artificial. Mulheres que se submetem a tratamentos desse porte fazem ultrassons para saber se a medicação ministrada está surtindo efeito ou se é preciso que o médico receite mais algumas doses de estimuladores ovulatórios, como a Menopur, Clomid, Indux, Serophene ou qualquer outra medicação que esteja classificada como eficiente. Normalmente os folículos já devem estar maiores por volta do 10º dia após a indução.

Os folículos estarão prontos para romperem quando atingem o tamanho de 19, 20mm, mas também podem ser viáveis até um tamanho de 30mm. Tudo depende da velocidade com que crescem e de quantos folículos dominantes há em cada ovário ou em um deles. Após o pico de crescimento dos folículos, o médico provavelmente indicará o dia em que o casal deve ter relações. Se houver necessidade, ele receitará um medicamento apropriado para ajudar a romper e facilitar a fecundação, como o Choragon por exemplo.

Mas a ultrassom seriada não serve apenas para verificar os óvulos e ovários! Ela também monitorará o crescimento endometrial. O tamanho do endométrio é fundamental para que a gravidez aconteça2. Se o endométrio estiver tri laminar, há maiores chances de implantação caso haja fecundação. Para suprir qualquer necessidade de crescimento, se for preciso, o médico responsável receitará suplementos para que o endométrio fique maior e mais grosso para receber o bebê.

Enfim, a ultrassom seriada é uma mão na roda! O melhor conselho para quem não tem certeza de que está ovulando é fazer pelo menos em um ciclo. Com essa ultrassom seriada, é possível detectar problemas como a síndrome do folículo não-roto (LUF), por exemplo3, e encurtar o tempo de espera pela gravidez.

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Foto: John Watson