O endométrio espessado é caracterizado pelo revestimento uterino muito grosso (espesso). A condição de endométrio espessado provoca um sangramento que pode levar a uma menstruação irregular.

A hiperplasia endometrial1 também é conhecida como patologia não-cancerosa, que pode vir a aumentar o risco de câncer endometrial. Ela é diagnosticada através de uma biópsia. Confira quais os tipos de hiperplasia endometrial na tabela a seguir:

Hiperplasia simples do endométrio Trata-se do espessamento homogêneo do tecido endometrial
Hiperplasia focal do endométrio É caracterizada pela exposição dos pólipos fora da cavidade uterina e pelo ligeiro estreitamento do tamanho do útero.
Hiperplasia cística do endométrio É caracterizada pelo aspecto irregular do útero (cavidades irregulares que se assemelham ao “queijo suíço”). Em casos mais graves, essa condição pode estar associada ao câncer do endométrio.
Hiperplasia atípica do endométrio Esta é uma condição de lesão do endométrio mais grave. Geralmente está associada ao câncer endometrial e demanda como tratamento a retirada do útero.

Características do espessamento endometrial

O hormônio estrogênio está intimamente ligado à construção do revestimento do útero. Mas o equilíbrio no crescimento deste revestimento depende da progesterona. Em caso de produção de progesterona abaixo do normal, ocorre o espessamento do endométrio e há alguns problemas que podem desencadear no desequilíbrio nos níveis dos hormônios estrogênio e progesterona.

Causas

As principais causas são:

  • Problema de diabetes
  • Algum tipo de terapia que envolve o estrogênio sem a reposição da progesterona
  • Estar acima do peso, beirando ou na obesidade
  • Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

Sintomas

O espessamento se expressa através de sinais como:

  • Sangramento entre os ciclos menstruais (escape)
  • Dores no abdômen e cólicas
  • Dor na região pélvica
  • Aumento do tamanho do útero

Endométrio espessado e heterogêneo

O câncer ou carcinoma endometrial2 é o tipo de neoplasia ginecológica mais comum em países desenvolvidos. Mas hoje, graças à tecnologia, é possível detectar o problema precocemente e iniciar prontamente o tratamento. Sendo assim, este problema não se configura em uma das principais causas de morte por câncer.

Endométrio espessado na menopausa

De acordo com a pesquisa Ultrassonografia transvaginal no diagnóstico das patologias endometriais no menacme e menopausa, o espessamento endometrial é caracterizado por um endométrio de 5 mm ou mais na ultrassonografia de mulheres na menopausa, que não realizaram terapia à base de hormônios.

Depois da menopausa, em uma avaliação do endométrio, uma série de fatores são levados em conta, como o histórico clínico da paciente e se houve a terapia hormonal3. Esse espessamento do endométrio pode acontecer logo após a menopausa ou depois de muitos anos.

Em casos de mulheres que realizam a terapia hormonal unida à terapia cíclica envolvendo estrogênio e progestínico, a espessura endometrial pode apresentar variação de até 3 mm.

Tratamento

Para o tratamento da hiperplasia endometrial, é necessário fazer uma histeroscopia diagnóstica para avaliação da cavidade uterina e da causa desse espessamento. Assim é possível descobrir se trata-se de um pólipo endometrial, de uma hiperplasia (identificada através da biópsia) ou de um câncer. Dependendo do resultado, pode ser necessário retirar o espessamento, usar hormônios à base de progesterona ou até uma histerectomia (procedimento que envolve a remoção de partes do útero ou de sua totalidade). A hiperplasia, se não detectada e tratada precocemente, pode levar ao câncer, culminando para o procedimento de remoção do órgão.

A gravidez é possível em casos de endométrio espessado?

Sim, é possível engravidar. Mas isso demandará da mulher e de seu companheiro a espera até que o tratamento seja finalizado de acordo com todos os passos que requer. A administração de anticoncepcionais se torna essencial no tratamento. Por isso, é importante que a mulher controle a ansiedade em relação ao desejo da maternidade, siga o tratamento adequado e o mais importante, que não enxergue o tratamento como um impedimento do sonho de ser mãe.

O tratamento é o que restituirá a saúde e as condições para, inclusive, ter uma gestação tranquila e feliz. Em casos de quaisquer sintomas anormais, procure o médico para que solicite os devidos exames. A detecção precoce do problema previne males mais graves.

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