Quando um aborto espontâneo acontece, o mundo do casal desaba. Tentar novamente exige certo preparo do corpo, sendo até mesmo algo delicado dependendo de como ocorreu o desfecho. Geralmente, abortos espontâneos precoces não causam maiores problemas porém, quando a gravidez já estava em estágio avançado, o médico pode ser bem criterioso para liberar a mulher.

Uma gravidez após aborto inicial não é tão preocupante porque até a 10a semana o corpo pouco muda e o útero não sofre grandes alterações. Assim, os hormônios têm maior facilidade para voltar aos níveis originais e o médico pede, normalmente, apenas um descanso de 2 a 3 ciclos antes de tentar novamente1.

Agora, casos acima de 12 semanas de gravidez ou recorrentes (que acontecem várias vezes) devem ser estudados. Já abortos com maior tempo de gestação, como 20 semanas, por exemplo, exigem maior tempo de recuperação. Isso porque durante esse período o útero passa por grandes mudanças como a fixação da placenta em uma de suas paredes. Essa fixação provoca feridas que devem cicatrizar por completo para não haver risco de infecção ou outros problemas. Nesses casos, o médico certamente irá recomendar uma quarentena normal, como a de um parto, e também que a mulher não engravide pelos próximos 6 meses.

Neste tempo de espera, cuidados importantes como exames para saber o porquê do parto prematuro ou aborto espontâneo devem providenciados. Para mulheres que já tiveram episódios de perdas, é bom fazer um exame para detectar possível trombofilia. Outra possibilidade que deve ser discutida é a incompetência istmo cervical (IIC). Esta condição pode causar perdas já com tempo de gravidez avançado pois o colo uterino deixa de suportar o peso do bebê. Nesses casos, é preciso uma cerclagem para ajudar a gravidez chegar ao final2.

Não existe uma regra em relação à espera para nova tentativa após aborto, o tempo ideal varia de mulher para mulher e de caso para caso. O importante é seguir à risca as recomendações médicas de forma a deixar o corpo bem recuperado e preparado para a próxima gestação.

Lembre-se: somente um corpo saudável dará origem à uma gravidez igualmente saudável e sem riscos

E o Fator Psicológico, Como Lidar Com Ele Para Engravidar Após o Aborto?

O instinto materno é uma coisa louca! Ele pode nos influenciar a retomar as tentativas antes do recomendado pelo médico. Porém, engravidar após o aborto requer equilíbrio tanto do corpo quanto da mente. A pressa pode ser inimiga e fazer com que nós pulemos etapas importantes em relação à recuperação do corpo. A parte física é essencial e deve estar 100% para uma nova gestação.

A gravidez após o aborto deve chegar sem maiores preocupações, por isso, ouvir as recomendações dos médicos é uma ótima ideia. Ainda que a mente diga vá em frente, devemos parar e pensar no melhor para nós naquele momento. A recuperação física deve complementar a saúde da mente3. Com certeza a mulher ficará muito mais tranquila sabendo que a saúde está ok e que a nova gravidez ocorrerá de forma saudável. Engravidar novamente em seguida ao aborto e ficar cheia de preocupações e grilos por conta do medo que cerca é certamente uma das experiências mais frustrantes para a mulher. O aborto ou o parto extremamente prematuro muitas vezes acontece por fatalidade. Assim, certificar-se que tudo está bem com o corpo trará uma nova gravidez com total tranquilidade para o casal.

Dica Importante: mulheres com histórico de aborto precisam redobrar a atenção quando começarem a tentar de novo. Para uma boa reposição de nutrientes, ovulação sadia e produção de espermatozoides de qualidade recomendamos usar Metilfolato, a forma ativa do ácido fólico. Você pode saber mais sobre o Metilfolato aqui.

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